Exportações baianas registram crescimento de 37,2% em 2010
As exportações baianas fecharam os sete primeiros meses do ano com alta de 37,2%, em relação ao igual período de 2009. O desempenho do comércio exterior do Estado, verificado de janeiro a julho, representou a movimentação de aproximadamente US$ 4,9 bilhões. A informação foi apurada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan). Ainda de acordo com as informações da SEI, em julho, as exportações do estado registraram cerca de US$ 752 milhões, o que significa uma alta de 0,98%, em relação ao mês anterior, e 4,4%, ante ao igual período do ano passado.
Destaques das vendas
De acordo com o coordenador de Comércio Exterior da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais, Arthur Souza Cruz, a lista dos principais destaques das vendas externas no mês passado é liderada pela celulose, produtos petroquímicos, ouro e algodão. Ele acrescenta que o comércio com o Mercosul e América Latina foi o principal ponto de sustentação do crescimento das exportações baianas no mês passado. As duas regiões tiveram 22% de participação nas vendas do período. Já as vendas para União Europeia registraram queda de 14,5%.
As importações baianas cresceram mais que as exportações em julho, o que contribuiu para o crescimento da corrente comercial do Estado em 47,2%, nos primeiros sete meses de 2010. Com isso, houve retração do saldo comercial. Em decorrência deste fator, o Estado encerra os sete primeiros meses do ano com superávit de US$ 1,1 bilhão, 11,1% inferior ao registrado em igual período de 2009. No mês passado, as importações foram lideradas pelos automóveis, com crescimento de 86%, seguido de nafta, minério de cobre, cacau e petróleo. No acumulado dos sete primeiros meses do ano, as importações do Estado alcançaram aproximadamente US$ 3,8 bilhões, um crescimento de 62,3%, em relação ao igual período do ano passado.
“No contexto do real valorizado e com a demanda aquecida no mercado brasileiro, a maior parte do crescimento das importações está vinculada à compra de insumos, matérias primas, combustíveis e bens de capital e são importantes para o crescimento do estado e do país”, considera Cruz, da SEI.
O economista ainda acrescenta que o aumento nas importações de bens intermediários e bens de capital são um sinal positivo, por sinalizar aumento da produção futura das empresas. “O câmbio valorizado também está permitindo uma renovação do parque industrial, com os empresários usando o câmbio favorável para diversificar seus fornecedores e modernizar seu parque produtivo, inclusive para serem mais competitivos em suas vendas externas”.
jfh
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