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sábado, 26 de março de 2011
Governador retorna a Capela para inaugurar moderno Colégio
Governador retorna a Capela para inaugurar moderno Colégio
É a segunda vez em menos de um ano que o governador Jaques Wagner vai a cidade. A primeira, em maio do ano passado esteve inaugurando a estrada que liga Capela a Nova Fátima.
Governador, acompanhado do prefeito Nei e do secretário estadual de Educação Osvaldo Barreto visitam a sala de informática
O governador Jaques Wagner (PT) visitou no final da manhã de sexta-feira (25), pela segunda vez como chefe do executivo baiano, a cidade de Capela do Alto Alegre, no Território do Jacuípe A comitiva oficial chegou ás 11h e foi recebida festivamente pelos moradores na quadra poliesportiva da Escola Manoel Geraldo Carneiro, onde helicóptero aterrissou. Para o prefeito Claudinei Xavier Novato (PCdoB) é motivo de alegria receber pela segunda vez em sua gestão, o governador Jaques Wagner. “No ano passado, mais precisamente no dia 08 de maio, ele veio inaugurar o asfaltamento da estrada que liga Capela a Nova Fátima, um sonho e um luta de todos nós aqui do município. Agora, ele retorna para entregar uma grande escola, que será sem dúvida, de muita importância para o nosso trabalho de educação”, declarou.
Localizada na Rua Lindolfo João Carneiro, a Escola tem capacidade para 960 alunos do Ensino Médio, distribuídos nos três turnos e atenderá os estudantes que frequentavam o Colégio Joaquim Machado, por meio de um convênio de cessão de sala com a Fundação Educacional Joaquim Machado. O nome da unidade escolar homenageia uma antiga educadora da cidade e foi escolhido mediante consulta na comunidade local.
O novo prédio conta com oito salas de aula, laboratório de informática, biblioteca, sala de vídeo, laboratório de ciências, banheiros adaptados para pessoas com deficiência física, rampas de acesso, quadra de esporte, entre outras instalações. O investimento foi de R$ 1,5 milhão. “As instalações são excepcionais, com salas de aula amplas e bem ventiladas e separadas para diretoria, vice-diretoria, secretaria, para os professores e totalmente equipada com mobiliário novo”, relatou Dr. Nei, como é conhecido o prefeito.
Durante seu pronunciamento, o prefeito foi interrompido várias vezes pelo aplauso do público que lotou o pátio interno e por não ter mais espaço, ficaram muitas pessoas na área externa em frente à Escola. “Hoje é um dia de muita alegria, pois estamos entregando a comunidade à maior escola do município. São oito mil metros quadrados de área onde a escola está instalada e dois mil metros quadrado construída”, falou o prefeito.
A Escola foi oficializada de Colégio Estadual Zenilda Fernandes dos Santos Farias, em homenagem a Professora Zenilda, falecida recentemente e uma das principais educadoras da história de Capela do Alto Alegre. A pró Zenilda ou tia Zenilda, como era carinhosamente tratada pela imensa maioria dos seus ex-alunos, já que se encontrava aposentada há algum tempo e fazia parte de duas das principais e maiores famílias do município.
“Construímos esta escola com o coração e com alegria. Num período de pouco mais de um ano, 70 operários trabalharam aqui e não necessitaram viajar para os canaviais de Mato Grosso e São Paulo, ou mesmo para trabalhar nas praias do Rio de Janeiro, onde são obrigados a submetesse ao subemprego”, falou o prefeito. Demonstrando preocupação com emprego e renda, Dr. Nei declarou que a Prefeitura é a maior empregadora do município e neste período, a empresa ganhadora da licitação, ocupou a segunda posição.
Falando de política – De acordo com Claudinei Novato, as ações e esforço do governador Jaques Wagner pela melhoria da qualidade de vida dos capelenses foi reconhecida nas urnas, quando ele obteve 70% dos votos válidos, perdendo apenas para de Várzea do Poço, dentre os municípios do Território do Jacuípe. “Teve gente que votou contra o governador só para prejudicar o prefeito”, denunciou.
Ele disse também que depois de uma década sem um governador visitar a cidade de Capela do Alto Alegre, Wagner já esteve duas vezes em seu mandato. “Fica aqui, governador, o meu convite para o senhor comparecer no próximo ano, quando a comunidade completará cem anos de sua fundação”. Ele terminou seu pronunciamento reivindicando mais apoio da agricultura e a estrada que liga Capela a Pintadas.
Sobre o projeto de recuperação da BA-242, que interliga a cidade à Estrada do Feijão, o governador disse que está em andamento. “São 20 quilômetros que estão sendo orçados para o segundo semestre do ano. Como afirmei, estamos num momento de organização de recursos para potencializarmos ainda mais o crescimento da Bahia”.
Sobre a Escola – Durante seu discurso, o governador ressaltou que a educação é uma das prioridades centrais do Estado. “Prova disso é o nosso programa de alfabetização de adultos, o maior do país, Todos Pela Alfabetização. Através dele, um milhão de pessoas aprenderam a ler e a escrever. Vamos continuar investindo na reforma e construção de escolas e, sobretudo, na capacitação de professores”.
Disse também que ficou feliz quando soube que a escola foi batizada com o nome de uma pessoa que dedicou sua vida a educação. “Eu fico triste quando vejo o nome em uma escola de quem nunca fez nada pela educação”, falou Wagner. Ele provocou o secretário de educação a fazer um momento para rebatizar as escolas com os nomes de quem realmente fez pela educação.
“Achei o colégio muito bom, é bem amplo e equipado. Na outra unidade, como não tínhamos muito espaço, faltava o que fazer no intervalo e as aulas de educação física acabavam sendo bem repetitivas”, opina a estudante do 2º ano Deisiane Silva Santana, 16 anos, há sete na unidade. Quem também ficou empolgado com as novas instalações foi o estudante do 3º ano Jamedson Carneiro de Almeida, 16 anos.
Apaixonado por biologia, física e química, ele não vê a hora de ter as primeiras aulas no novo laboratório. “Eu sonhava estudar em uma escola que tivesse um laboratório de ciências e isso agora é uma realidade. Pena que este será o meu último ano”, diz o estudante, que também se animou ao ver as carteiras novas e o espaço físico maior.
De acordo com a diretora Juscelma Souza do Carmo Silva, o colégio ficou maravilhoso. “A população estava ansiosa para ver funcionando e a unidade tem sido ponto de visitação da comunidade”, conta.
O colégio atende a 650 alunos do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), distribuídos nos três turnos. É a única unidade na cidade, que oferece o ensino médio. Por isso, além dos alunos da sede, atende a muita gente que vive nas localidades rurais no entorno do município, a exemplo de Ipiraí, Capelinha, Lagoa das Flores e Cajueiro. “No turno vespertino, 80% dos nossos alunos são da zona rural”, finalizou a professora Juscelma Souza.
Por: Valdemí de Assis / fotos: Raimundo Mascarenhas
quarta-feira, 9 de março de 2011
Festival de Cultura no Bispador dia 27 de fevereiro
Dia 27 de Fevereiro de 2011 , primeira vez que a Turner Cultural vai ao Povoado de Bispador, encanta a todos, uma diversidade cultural muito grande que nem todas as pessoas conhecem, mesmo sendo no mesmo município, mas que nunca houve divulgação ou incentivo por parte de outros Governos.
Apesar das chuvas que caiu durante as apresentações, um bom Publico compareceu aquela Comunidade e prestigiaram os artistas que apresentaram o melhor da nossa cultura .
terça-feira, 8 de março de 2011
8 de Março. Dia Internacional da Mulher
8 de Março. Dia Internacional da Mulher
Talvez, à luz dessa obviedade, faça sentido a frase de Alexandre Dumas: "falar mal de uma mulher, sim, de todas, nunca".
Dia Internacional da Mulher. Esta data já está definitivamente incorporada ao calendário. No dia 8 de março, o mundo inteiro comemora o Dia Internacional da Mulher. A perspectiva histórica aponta a origem da escolha, e, seria herética a separação da celebração, muitas vezes centrada na fogueira consumista, da longa história de lutas que as mulheres protagonizaram. Afinal, todas as profissões, praticamente, possuem um dia que as homenageia. Há uma profunda diferença.
Seria leviano tentar equiparar o Dia do Advogado, por exemplo, ao Dia Internacional da Mulher. E por qual motivo não se instituiu o Dia Internacional do Homem, acrescentaria um cínico revoltado com essa injustificada discriminação.
A segregação das mulheres, a associação da condição feminina a um nível inferior parece ter desconsiderado, durante séculos, o papel decisivo que elas sempre desempenharam. Não se tem notícia de homem ter protagonizado a função sublime de entregar ao mundo as crianças gestadas no seu organismo. Talvez, à luz dessa obviedade, faça sentido a frase de Alexandre Dumas: "falar mal de uma mulher, sim, de todas, nunca".
As sentenças que diminuíam as mulheres perdem-se na névoa dos tempos. "Nada pior que uma mulher, a não ser outra", dizia Aristófanes. "Cabelos longos, idéias curtas", sentenciava Schopenhauer, para quem havia apenas dois tipos de mulheres, as enganadas e as enganadoras. Ao grande filósofo não ocorreu a possibilidade de haver a fusão desses tipos distintos.
O rótulo de "sexo frágil" procurou associar à mulher uma hipotética incapacidade de lidar com o dia-a-dia, refugiada que ela, ser meramente decorativo, objeto de devastadoras paixões, estaria num escondedouro de futilidades de onde obraria para enfeitiçar homens indefesos. "Frailty, thy name is woman" (fragilidade, teu nome é mulher) suspira um desconsolado Hamlet.
Claro está que, deixando de lado ’efeitos especiais’ diferenças há, porém, equivocam-se aqueles que sustentam ainda hoje a dicotomia sexo forte - sexo frágil. Rotular a mulher de sexo frágil é tornar-se culpado de difamação, afirmava Gandhi. Durante séculos, as mulheres tiveram de conviver com uma condição inferior, causada por uma divisão de trabalho que sempre as desfavoreceu.
Poucas tinham acesso à uma educação melhor, cabendo à maioria o fardo da maternidade - esse inevitável - associado a condições de trabalho subumanas. Em plena Revolução francesa, 1791, Olympe de Gouges reivindica o direito feminino a todas as dignidades e empregos segundo suas capacidades. Foi guilhotinada, dois anos mais tarde, resposta que a sociedade de então encontrou para ilustrar que o princípio da liberdade, igualdade, fraternidade, possuía alcance limitado. A acusação? "Ter querido ser um homem de estado e ter esquecido as virtudes próprias do seu sexo".
Durante os séculos seguintes, as mulheres passaram a integrar a força de trabalho fabril, em jornadas que, não raro, chegavam a 14 horas diárias, durante seis dias por semana. Ao organizar um protesto contra as más condições de trabalho, pedindo uma jornada de trabalho de 10 horas, tecelãs de uma fábrica de vestuário feminino Tecidos Cotton, em Nova Iorque, foram obrigadas a refugiar-se dentro da fábrica, fugindo da polícia.
As portas foram trancadas, foi ateado fogo à fábrica e, em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas. A luta continuou, sendo que nos Estados Unidos o movimento por uma organização sindical foi liderado pelo setor têxtil, ressaltando-se a liderança de imigrantes judeus russos e poloneses. Paralelamente, novos focos de tensão despontavam na Europa e nos EUA. Em 1910 a segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas debate o tema e, a seguir, a ativista Clara Zetkin, muito ligada a Rosa Luxemburgo, propõe, no jornal L’Égalité, do qual era redatora, que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher, em homenagem às vítimas de 1857.
No ano seguinte, mais de um milhão de pessoas comemoraram a data. Essa prática continuou nas décadas de 1910 e 1920. Na Rússia, dia 23 de fevereiro de 1917, de acordo com o calendário juliano, correspondente a 8 de março do calendário gregoriano, trabalhadoras do setor de tecelagem entram em greve. Segundo Trotsky, teria sido o ponto de partida da Revolução de outubro. Depois do triunfo da revolução, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lênin a tornar a data de 8 de março em celebração da heróica mulher trabalhadora. Enquanto no Ocidente essa comemoração perdia forças, na então União Soviética e, depois da segunda guerra, nos seus satélites, a data continuou sendo festejada.
Outra faceta da luta das mulheres foi a dedicada à obtenção do direito de voto. Em 1893 esse direito foi conquistado, pela primeira vez na Nova Zelândia. No Brasil, tal viria ocorrer em 1932 com o Código Eleitoral - lei 21076 de 24 de fevereiro. Para não desmerecer o famoso "jeitinho brasileiro", já em 1929, Alzira Soriano de Souza elegeu-se prefeita de Lages (RN). Coincidentemente, em 1932, a delegação brasileira para os Jogos Olímpicos de Los Angeles incluiu uma mulher: Maria Lenk. Em 1975, a ONU começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher, não por coincidência, durante o Ano internacional da Mulher.
Atualmente, passados os sobressaltos do feminismo exacerbado de Betty Friedan, com as queimas simbólicas de sutiãs, as mulheres se fazem cada vez mais presentes em todos os setores da atividade humana. Aquilo que era anômalo ou esporádico tornou-se normal. Se é normal que não as encontremos praticando futebol americano, não causa nenhuma surpresa vê-las presidindo um país.
Não há mais atividade da qual as mulheres estejam alijadas. Desigualdades persistem ainda, embora seja possível afirmar que houve progressos gigantescos. Pouco a pouco, é evidente a tendência de a data se tornar um evento, cuja conotação comercial tende a superar a história de lutas que a consagrou. O andar da carruagem há de reservar ainda muitas surpresas, embora algumas tendências possam ser consideradas como tendo prazo de validade indeterminado. Por mais que se evolua nessa direção, uma evidência inarredável há de marcar para sempre. As palavras "mulher" e "paixão" possuem o mesmo número de letras.
As conclusões quanto a essa curiosidade são livres. Ao reler o texto, percebi que acabei de me tornar culpado por excesso de objetividade. Nessa crônica deveria caber no mínimo o tradicional "Parabéns a todas as mulheres do mundo!".
Fonte: CF Assessoria Imprensa
Talvez, à luz dessa obviedade, faça sentido a frase de Alexandre Dumas: "falar mal de uma mulher, sim, de todas, nunca".
Dia Internacional da Mulher. Esta data já está definitivamente incorporada ao calendário. No dia 8 de março, o mundo inteiro comemora o Dia Internacional da Mulher. A perspectiva histórica aponta a origem da escolha, e, seria herética a separação da celebração, muitas vezes centrada na fogueira consumista, da longa história de lutas que as mulheres protagonizaram. Afinal, todas as profissões, praticamente, possuem um dia que as homenageia. Há uma profunda diferença.
Seria leviano tentar equiparar o Dia do Advogado, por exemplo, ao Dia Internacional da Mulher. E por qual motivo não se instituiu o Dia Internacional do Homem, acrescentaria um cínico revoltado com essa injustificada discriminação.
A segregação das mulheres, a associação da condição feminina a um nível inferior parece ter desconsiderado, durante séculos, o papel decisivo que elas sempre desempenharam. Não se tem notícia de homem ter protagonizado a função sublime de entregar ao mundo as crianças gestadas no seu organismo. Talvez, à luz dessa obviedade, faça sentido a frase de Alexandre Dumas: "falar mal de uma mulher, sim, de todas, nunca".
As sentenças que diminuíam as mulheres perdem-se na névoa dos tempos. "Nada pior que uma mulher, a não ser outra", dizia Aristófanes. "Cabelos longos, idéias curtas", sentenciava Schopenhauer, para quem havia apenas dois tipos de mulheres, as enganadas e as enganadoras. Ao grande filósofo não ocorreu a possibilidade de haver a fusão desses tipos distintos.
O rótulo de "sexo frágil" procurou associar à mulher uma hipotética incapacidade de lidar com o dia-a-dia, refugiada que ela, ser meramente decorativo, objeto de devastadoras paixões, estaria num escondedouro de futilidades de onde obraria para enfeitiçar homens indefesos. "Frailty, thy name is woman" (fragilidade, teu nome é mulher) suspira um desconsolado Hamlet.
Claro está que, deixando de lado ’efeitos especiais’ diferenças há, porém, equivocam-se aqueles que sustentam ainda hoje a dicotomia sexo forte - sexo frágil. Rotular a mulher de sexo frágil é tornar-se culpado de difamação, afirmava Gandhi. Durante séculos, as mulheres tiveram de conviver com uma condição inferior, causada por uma divisão de trabalho que sempre as desfavoreceu.
Poucas tinham acesso à uma educação melhor, cabendo à maioria o fardo da maternidade - esse inevitável - associado a condições de trabalho subumanas. Em plena Revolução francesa, 1791, Olympe de Gouges reivindica o direito feminino a todas as dignidades e empregos segundo suas capacidades. Foi guilhotinada, dois anos mais tarde, resposta que a sociedade de então encontrou para ilustrar que o princípio da liberdade, igualdade, fraternidade, possuía alcance limitado. A acusação? "Ter querido ser um homem de estado e ter esquecido as virtudes próprias do seu sexo".
Durante os séculos seguintes, as mulheres passaram a integrar a força de trabalho fabril, em jornadas que, não raro, chegavam a 14 horas diárias, durante seis dias por semana. Ao organizar um protesto contra as más condições de trabalho, pedindo uma jornada de trabalho de 10 horas, tecelãs de uma fábrica de vestuário feminino Tecidos Cotton, em Nova Iorque, foram obrigadas a refugiar-se dentro da fábrica, fugindo da polícia.
As portas foram trancadas, foi ateado fogo à fábrica e, em 8 de março de 1857, 129 operárias morreram carbonizadas. A luta continuou, sendo que nos Estados Unidos o movimento por uma organização sindical foi liderado pelo setor têxtil, ressaltando-se a liderança de imigrantes judeus russos e poloneses. Paralelamente, novos focos de tensão despontavam na Europa e nos EUA. Em 1910 a segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas debate o tema e, a seguir, a ativista Clara Zetkin, muito ligada a Rosa Luxemburgo, propõe, no jornal L’Égalité, do qual era redatora, que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher, em homenagem às vítimas de 1857.
No ano seguinte, mais de um milhão de pessoas comemoraram a data. Essa prática continuou nas décadas de 1910 e 1920. Na Rússia, dia 23 de fevereiro de 1917, de acordo com o calendário juliano, correspondente a 8 de março do calendário gregoriano, trabalhadoras do setor de tecelagem entram em greve. Segundo Trotsky, teria sido o ponto de partida da Revolução de outubro. Depois do triunfo da revolução, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lênin a tornar a data de 8 de março em celebração da heróica mulher trabalhadora. Enquanto no Ocidente essa comemoração perdia forças, na então União Soviética e, depois da segunda guerra, nos seus satélites, a data continuou sendo festejada.
Outra faceta da luta das mulheres foi a dedicada à obtenção do direito de voto. Em 1893 esse direito foi conquistado, pela primeira vez na Nova Zelândia. No Brasil, tal viria ocorrer em 1932 com o Código Eleitoral - lei 21076 de 24 de fevereiro. Para não desmerecer o famoso "jeitinho brasileiro", já em 1929, Alzira Soriano de Souza elegeu-se prefeita de Lages (RN). Coincidentemente, em 1932, a delegação brasileira para os Jogos Olímpicos de Los Angeles incluiu uma mulher: Maria Lenk. Em 1975, a ONU começou a patrocinar o Dia Internacional da Mulher, não por coincidência, durante o Ano internacional da Mulher.
Atualmente, passados os sobressaltos do feminismo exacerbado de Betty Friedan, com as queimas simbólicas de sutiãs, as mulheres se fazem cada vez mais presentes em todos os setores da atividade humana. Aquilo que era anômalo ou esporádico tornou-se normal. Se é normal que não as encontremos praticando futebol americano, não causa nenhuma surpresa vê-las presidindo um país.
Não há mais atividade da qual as mulheres estejam alijadas. Desigualdades persistem ainda, embora seja possível afirmar que houve progressos gigantescos. Pouco a pouco, é evidente a tendência de a data se tornar um evento, cuja conotação comercial tende a superar a história de lutas que a consagrou. O andar da carruagem há de reservar ainda muitas surpresas, embora algumas tendências possam ser consideradas como tendo prazo de validade indeterminado. Por mais que se evolua nessa direção, uma evidência inarredável há de marcar para sempre. As palavras "mulher" e "paixão" possuem o mesmo número de letras.
As conclusões quanto a essa curiosidade são livres. Ao reler o texto, percebi que acabei de me tornar culpado por excesso de objetividade. Nessa crônica deveria caber no mínimo o tradicional "Parabéns a todas as mulheres do mundo!".
Fonte: CF Assessoria Imprensa
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